A dor é uma experiência que está presente na vida de praticamente todas as pessoas, em algum momento da vida. Ela é definida pela associação internacional de estudos em dor (IASP) como, “uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante aquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial”.

Ela é mais comum do que podemos imaginar, diz um estudo realizado na USP, que 80% das pessoas tiveram, estão ou terão alguma dor na coluna, já a sociedade brasileira de estudos em dor mostra que entre 3 a 5 pessoas em 10 brasileiros sofrem de dores crônicas. Estes dados só nos mostra a recorrência do sintoma na vida cotidiana das pessoas, mas isso é normal? Os meus 25 anos de contato com pacientes, me mostra que não é normal e grande parte das dores poderiam ser evitadas.

A neurociência tem avançado muito nos estudos e demonstra que a intensidade da dor é influenciada por diversos aspectos como: experiência anteriores de dor, aspectos emocionais, crenças, hábitos saudáveis de vida (alimentação, sono, atividade física). Relatos muito comuns que tenho dos pacientes, por exemplo: “minha mãe teve esta dor”, minha dor é crônica, terei para o resto da vida”, “eu não acredito que posso melhorar”. Todas estas falas influenciam negativamente na melhora do processo. As influências na percepção da dor podem ser Top down (tudo que vem da mente e crenças do paciente) ou Botton up (todo tratamento, medicamentoso, médico, fisioterapêutico no corpo do paciente).

Hoje o entendimento dos mecanismos da dor evoluiu absurdamente, assim como os resultados com os tratamentos, daí vem a pergunta: Qual a melhor receita para tratar a dor? Na minha opinião o melhor jeito de tratar a dor é a somatória dos seguintes fatores: Diagnóstico preciso, entendimento (pelo paciente) do seu quadro, planejamento para uma equipe multidisciplinar (médico, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, prof. educação física), este é o caminho ideal.

Não fique refém de sua dor, busque por um cuidado especializado, pois existe um bom caminho a seguir e ficar livre dela!

Matheus Caiche Guedes

@fasciawaterspa